O cérebro é complexo. Um grande quebra-cabeça quando o assunto é dinheiro, pois diverge com os investimentos de longo prazo.
Embora essa informação possa desagradar algumas pessoas, o cérebro precisa fazer manutenções todos os dias.
Coisas simples (por incrível que pareça) provocam a manutenção: dormir pelo menos por 8 horas e evitar sobrecarga mental são dois exemplos.
Fora que, mesmo que pareça óbvio, evitar notícias ruins ajuda muito, pois caso ao contrário, a dopamina pode ter a liberação travada, ou embaraçada.
Como se não fosse o suficiente, os clássicos inimigos do cérebro (sedentarismo, tecnologia e rotina excessiva) estão aí – não para ajudar.
Agora, você sabia que o longo prazo também pode ser considerado um tipo de inimigo do cérebro?
Em especial, quando o longo prazo envolve a palavra “dinheiro” sob a perspectiva dos investimentos que prezam pelos juros compostos.
Enquanto o famoso termo “longo prazo” funciona muito bem quando o assunto é memória, em geral tem o efeito contrário com o dinheiro.
Contudo, não é mera impressão. Existe um sentido relatado por100 estudos com imagens cerebrais que explicaram esse efeito.
Estudos por ressonância magnética (FMRI) sugerem que, quando você imagina o seu “eu do futuro”, o cérebro faz algo peculiar:
Ele deixa de agir como se estivesse pensando em si mesmo e começa a agir como se você estivesse pensando em uma pessoa completamente diferente.
Você já começou algo com a maior expectativa e empolgação do mundo, mas depois de um tempo parou de vez? Talvez o que vem a seguir pode explicar.
Tal comportamento do nosso cérebro pode tornar mais difícil tomar ações que beneficiem nossos eus do futuro, tanto como indivíduos quanto como sociedade.
Bastidores do cérebro: qual é o segredo do longo prazo?
Em outras palavras, para o cérebro humano, poupar dinheiro para o futuro é o mesmo que dar dinheiro a um estranho.
Esses estudos mostraram que, quanto mais o seu cérebro trata o seu “eu do futuro” como um estranho, menos autocontrole você demonstra no presente.
É menos provável que você faça escolhas pró-sociais, ou seja, escolhas que provavelmente ajudariam o mundo no longo prazo.
Nesse sentido, são escolhas que provavelmente não ajudariam o seu bolso a longo prazo também.
Cérebro e longo prazo: 5 investimentos inteligentes
Bem, não é nenhuma novidade mirabolante que investimentos de longo prazo, aliados com a diversificação e aportes mensais são importantes para o futuro.
Nessa condição, pouco importa as desculpas, pois quanto antes os aportes de longo prazo começarem, maior será o resultado dos juros compostos.
Até porque alguns podem pensar que, mesmo sendo importantes, apenas o curto e médio prazos são relevantes quanto ao rendimento da própria grana.
Pelo contrário, por mais que exista o fato do cérebro humano deixar de lidar bem com essa situação, é preciso valorizar os rendimentos com o tempo.
É preciso tocar nesse assunto, pois uma pesquisa apontou que 61% dos brasileiros perdem dinheiro todos os meses – sem fazer nada pra mudar isso.
Foi um levantamento da Anbima que revelou a informação de que 61% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de investimento com seu dinheiro.
De qualquer forma, sempre é possível começar a investir. Veja 5 opções (básicas) de investimentos de longo prazo:
1- ETFs
O ETF é um fundo de investimento que aplica seus recursos em várias ações negociadas na Bolsa de Valores.
Os exchanges traded funds, significado da sigla em inglês, ganham destaque no mercado, pois potencializam ganhos ao longo do tempo.
Entre as vantagens, destacam-se a facilidade nos aportes, diversificação da carteira, baixo custo (relativo) e possibilidade de intercionalizar.
2- Tesouro Direto
Para começar a construção de um patrimônio que renda no longo prazo e colocar a educação financeira em prática, o Tesouro Direto é uma ótima opção.
O Tesouro Direto é um tipo de investimento de renda fixa, é a principal escolha para quem deseja investir a longo prazo com baixos riscos.
Mas é importante saber que isso não quer dizer que os preços e taxas dos títulos públicos não apresentam variações ao longo do tempo.
Funciona basicamente como um empréstimo que você faz ao governo federal, e depois recebe certa porcentagem como rentabilidade.
3- Fundos Imobiliários (FIIs)
Com os fundos imobiliários, o investidor pode obter muitas vantagens ao longo do tempo.
Inclusive, a principal vantagem dos FIIs, são os rendimentos isentos de imposto de renda.
Os FIIs geram rendimentos aos acionistas por meio da valorização dos ativos e pelo pagamento de dividendos.
4- CDBs
Os CDBs são Certificados de Depósito Bancário emitidos por bancos.
São investimentos com risco baixo e uma ótima opção se você quer investir a longo prazo com muita segurança.
Em outras palavras, são títulos de Renda Fixa que entidades financeiras emitem para captar dinheiro no mercado.
Uma grande vantagem para investidores que diversificam com CDBs, é que esse tipo de investimento tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
5- Debênture
A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.
De forma geral, as debêntures seguem a tributação de outros investimentos de renda fixa, como os CDBs.
No entanto, existe uma categoria especial, as debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda.