Há um movimento no Brasil que incentiva o brasileiro a praticar o empreendedorismo social. É um caminho alternativo que pode ser traçado profissionalmente.
Empreendedorismo Social: Solução Para a Economia?
Empreender, em poucas palavras, é transformar ideias em oportunidades de negócio. É realmente algo que pode ser uma solução para a economia, possibilitar a evolução dos negócios e pode gerar oportunidades que podem ser aproveitadas e desenvolvidas.
Inclusive, a palavra empreendedorismo tem origem francesa “entrepeneur“, que significa fazer algo novo. Ou seja, alguém que cria ou encontra uma oportunidade que pode ser explorada por meio dos negócios.
Outro fato incrível: brasileiros estão se tornando, aos poucos, empreendedores por oportunidade (aquele que transforma uma ideia em oportunidade e estrutura uma empresa para concretizá-la).
Economia exemplar: essa é a solução para o Brasil?
Em primeiro lugar, falamos do empreendedorismo tradicional, mas afinal: o que é diferente do empreendedorismo social de tudo o que foi falado?
Acima de tudo, o empreendedor social é aquele ou aquela que em vez de buscar apenas oportunidades de negócio, procura problemas na sociedade e oferece propostas para solucioná-los por meio de um negócio lucrativo.
De forma mais simples, Empreendedorismo Social significa utilizar técnicas de gestão, inovação, sustentabilidade e outras, para maximizar o capital social de um lugar, bairro, cidade ou mesmo país – e obter lucro.
Definitivamente, o empreendedor social é diferente de uma ONG, uma OSCIP ou de atividades filantrópicas, isso porque a raiz desse tipo de negócio é a demanda do mercado, lida com burocracias, capital financeiro, gerenciamento e outros afins.
Detalhe importante: esse tipo de empresa, em geral, atua na parcela fragilizada da sociedade, muitas vezes chamada de base da pirâmide, buscando suavizar ou resolver o problema – e lucrar por isso.
Por vezes, o principal impacto social desse modelo de empreendimento é a possibilidade de qualidade de vida para comunidades e grupos em condições mais precárias.
Em síntese, os benefícios de iniciativas assim vão desde a democratização da informação e acesso à cultura até a redução da fome e desemprego.
De forma objetiva, o empreendedorismo social pretende ser a solução da pobreza. Mas aqui existe mais um detalhe importante:
Pobreza não significa somente falta de renda.
Assim, a pobreza também é quando um país passa por uma infeliz realidade e se mostra incapaz de oferecer o acesso da população a serviços básicos.
Portanto, aqui você pode descobrir que se trata mais do que o problema da falta ou baixa renda, pois é um conceito multidimensional que engloba não só a questão de renda, mas infelizmente a privação que muitas pessoas sofrem de forma mais ampla.
Segundo o professor Amartya Kumar Sen ganhador do prêmio Nobel em Economia (1998), existem cinco áreas vinculadas à pobreza que devem observadas.
Para erradicá-la, deve-se eliminar a privação de:
• Falta de Cultura
• Ausência de Educação
• Inexistência de Liberdade
• O problema de Moradia
• Acesso a serviços de Saúde
Veja bem: o que você acaba de ter contato é um ponto de partida para orientar na busca de problemas para seu empreendimento social a partir de uma das cinco áreas apresentadas.
Porém, quando tratamos de negócios sociais, ter algum plano de execução é muito importante no refinamento e na escolha do problema.
Contudo, no chamado negócio social, é possível executar um planejamento que funciona assim (vale ressaltar que existem algumas variáveis, e por isso o planejamento pode ser alterado e adaptado):
- O empreendedorismo social cria…
- Negócios sociais, que geram…
- Impacto social, mas também…
- Na medida que o lucro acontece para dar continuidade no(s) projeto(s).
Assim, podemos focar no seguinte conceito de um tríplice ponto de partida: PLANETA + PESSOAS + LUCRO (respeitar essa ordem de prioridades é essencial para que o empreendedorismo social aconteça).
Do mesmo modo, empreendedores sociais iniciam e lideram mudanças na sociedade. São agentes de mudança que costumam sonhar grande, mas começar pequeno.
Nesse sentido, é importante detalhar um pouco o assunto, pois existem várias áreas para que a jornada tenha início.
Enfim, veja uma lista do livro “Mude, Você, o Mundo: manual do empreendedorismo social” do autor Gabriel Cardoso, que apresenta onze grandes áreas e cada uma delas com diversas subáreas.
As áreas e subáreas são:
• Assim, começamos com a cidadania e desenvolvimento social: liberdade, direitos humanos.
• O fator Cultura: acesso à arte, música, línguas, preservação de patrimônio.
• Economia: desenvolvimento regional, geração de emprego e renda, microcrédito, desenvolvimento rural, empreendedorismo, educação financeira.
• Os vários tipos de Educação: profissional, alfabetização, educação para adultos, popularização do ensino, facilitação do processo de ensino e aprendizagem.
E a lista prossegue:
• Esporte: disseminação de práticas, competições infantis, preparo para a profissionalização.
• Grupos sociais vulneráveis: crianças, idosos, pessoas com deficiência.
• Meio ambiente: recursos hídricos e sólidos, saúde, proteção e amparo aos animais, reciclagem.
• Mobilidade e transporte: congestionamentos, transporte público, transporte alternativo.
• A questão da Saúde: popularização e facilitação de acesso, educação alimentar, endemias, epidemias, medicamentos, saúde da família, dependência química, prevenção.
• Segurança: alimentar, pública, defesa social.
• Por fim, há também a tecnologia da informação: aplicativos, plataformas, softwares, hardwares.