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À Procura da Felicidade: qual é a ligação com o dinheiro?

Entre pessimistas, otimistas ou que se julguem mais realistas, uma pergunta sempre esteve presente: dinheiro e felicidade andam juntos?

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É fato que o dinheiro é necessário para suprir as necessidades básicas – em uma sociedade moderna, é assim que funciona.

Ou seja, é fácil pensar é preciso disso para ter bens materiais e coisas palpáveis, afinal, até o momento é mais prático e seguro.

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É necessário para proporcionar conforto, na mesma medida que boas escolhas financeiras sejam direcionadas para isso.

Outro fato é sobre a sua utilidade eficaz de tornar o futuro em algo melhor para viver – caso seja investido e valorizado.

Sem investi-lo, é quase impossível obter a devida valorização dele. Seja qual for o investimento: empreendedorismo, ações, cursos e afins.

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Inclusive, algo desconhecido por muitas pessoas, é que ter a própria grana “parada” tem o mesmo sentido de perder grana.

Isso porque existe um vilão capaz de agir direto na diminuição do poder de compra da moeda de um país: a inflação.

Em poucas palavras, surge pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, aumento dos custos de produção ou maior emissão de papel-moeda.

Ou ainda, por mais incrível e desanimador que seja, a inflação surge por uma soma dos três fatores – mas isso é assunto para outra hora.

Por outro lado, a dúvida sobre o dinheiro trazer felicidade, ou se a mesma precisa de grana para ser alcançada, pode ser respondida.

A felicidade não se compra com dinheiro?

À Procura da Felicidade: qual é a ligação com o dinheiro?
À Procura da Felicidade: qual é a ligação com o dinheiro?

Seria muito simples se fosse possível comprar felicidade. Ainda mais se fosse uma compra parcelada em doze vezes sem juros.

Afinal, quem não compraria?

Bem, antes de tudo, vamos ver o que a felicidade significa, para descobrir através de estudos se faz sentido estar junta com o dinheiro.

Na filosofia estoica, o valor da razão é o pilar da escola de pensamento. Onde a busca e prática das virtudes são os alvos.

A felicidade para os estoicos passa a ser uma conquista quando um conjunto das virtudes era compreendido e posto em ação.

Por exemplo, o autocontrole, uma busca para ter o foco no que é possível controlar, não sofrendo por aquilo que não está no próprio controle.

Existe uma excelente definição feita pelo Clóvis de Barros Filho, palestrante e professor livre-docente na área de Ética:

“Felicidade é um instante, é um momento, que você torce para não acabar tão rápido. Um instante de vida feliz é um instante que você agarra, que você lamente que tenha acabado, que você articula para repetir o mais rápido possível. esses tais momentos devem ser conservados para que não escorra pelas mãos.”

Em termos mais científicos de acordo com o neurocientista e neuropsicólogo membro da Federação Europeia de neurociência, Fabiano de Abreu, a felicidade funciona assim:

“Não há felicidade constante, já que felicidade são picos de emoções variáveis e de acordo com acontecimentos. As sensações que são definições de felicidade são de acordo com a resposta do equilíbrio.

Quando se está incomodado, por qualquer circunstância que seja, alterar-se níveis e possibilidades de sensações de felicidade, vou chamar de sensações de felicidade, qualquer sentimento e/ou emoção que leve a determinação vulgar de felicidade:

Como alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, ledice, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança”.

Seja como for, é certo dizer que ter felicidade é bom. Contudo, existe o senso comum de que a natureza do dinheiro não é tão boa assim.

O senso comum se aplica melhor, porém, quando a questão principal é sobre uma grande quantia de dinheiro, pois de pouco dinheiro não teria problema.

No Brasil, talvez por uma questão cultural e até influência de alguns meios de entretenimento, é assim que parece funcionar.

Então, será mesmo que dinheiro e felicidade estão tão longes um do outro?

Qual é a relação do dinheiro e da felicidade?

À Procura da Felicidade: qual é a ligação com o dinheiro?
À Procura da Felicidade: qual é a ligação com o dinheiro?

Vamos quebrar uma objeção agora: sim, dinheiro traz felicidade.

Em estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), Killingsworth confirma que o dinheiro influencia na felicidade.

O problema é que relacionar essas duas palavras, como dito antes, confunde algumas pessoas por parecer que um é incapaz de existir junto com o outro.

Para afirmar isso, o estudo coletou 1,7 milhão de dados de mais de 33.000 participantes que forneceram informações de seus sentimentos durante o dia a dia.

O perfil dos 33.000 participantes era de pessoas de 18 a 65 anos que moram nos Estados Unidos – apesar de ser de fora, algo pode ser aprendido no Brasil.

Matthew Killingsworth explicou:

“Os cientistas costumam falar em tentar obter uma amostra representativa da população, eu estava tentando obter uma amostra representativa dos momentos da vida das pessoas”.

Já não é a primeira vez que pesquisam uma relação assim: Jon Jachimowicz, professor da Harvard Business School. defende um ponto de vista parecido.

“Se focarmos apenas na felicidade que o dinheiro pode trazer, acho que estamos deixando passar alguma coisa, também precisamos pensar em todas as preocupações das quais isso pode nos libertar,” disse Jon Jachimowicz.

Em outras palavras

Dinheiro pode fornecer tranquilidade e controle, o que permite superar obstáculos no cotidiano.

E ainda que seja um pequeno e inoportuno e incômodo, como evitar uma tempestade pedindo um Uber, também resolve.

Ou uma preocupação maior (grande incômodo), como lidar com uma conta hospitalar inesperada – pode resolver, depende do caso.

Em qualquer situação, há uma clara relação sobre o efeito do dinheiro e o surgimento da felicidade, no passo que ambos se atraem.

São pequenas coisas, claro, que fazem a diferença quando resolvidas com maior facilidade e segurança ocasionados pelo dinheiro.

São grandes coisas, sejam controláveis ou não, que a felicidade pode surgir posteriormente no processo ou após a resolução.

Para terminar, a essência da felicidade com certeza não está contida apenas no dinheiro, mas de alguma forma, se relaciona com o mesmo.