Bradesco vai investir mais em empresas de tecnologia
O Bradesco anunciou recentemente duas aquisições que mostra como o Bradesco vai investir mais em empresas tecnologia. Uma delas foi uma instituição financeira no México, a Ictineo Plataforma, que o banco está usando como base para a criação de um banco digital, complementando o negócio de cartões de crédito no país.
A outra aquisição dos bancos brasileiros foi o controle da BV DTVM, que irá gerar um novo ativo denominado BV.
Além disso, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, está mirando outras oportunidades, principalmente em empresas de tecnologia que auxiliam a instituição a utilizar os dados com eficiência e em corretoras.
Todos esses ativos sofreram uma reprecificação e estão muito mais atrativos, disse o presidente do Bradescos, Octavio de Lazari Jr., em entrevista ao Valor.
Bradescard México
Embora a Bradescard México seja atualmente uma das mais importantes empresas financeiras de crédito ao consumidor no segmento da rede varejista, segundo o Bradesco, a Bradescard México não atua em outras áreas.
Assim, para Lazari Junior, a aquisição permitirá que o banco opere de forma semelhante a um banco digital.
“Ela nos abrirá uma nova frente de negócios financeiros de alto potencial de crescimento no México, o segundo maior PIB da América Latina”, disse Lazari em comunicado.
Assim, além de uma operação maior no México, o Bradesco busca diversificar sua oferta de produtos. Está assim incluída no plano estratégico a oferta de financiamento automóvel e crédito imobiliário.
No setor de cartões de crédito, a meta é ser um dos maiores emissores do país em cinco anos.
Hoje, porém, a Ictineo tem apenas uma carteira de cerca de R$ 4 milhões e conta com menos de 3.000 clientes.
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Ampliar a atuação no México
A ideia do Bradesco é ampliar a distribuição em lojas de varejistas parceiros no México, como a rede Bodega Aurrerá (do Walmart). Portanto, o nome do banco digital deve ser Bradescard por enquanto, mas a instituição pode mudar no futuro.
No entanto, a conclusão da transação está sujeita à aprovação das autoridades do México (Comisión Nacional Bancária y de Valores) e do Banco Central do Brasil.