Ao que parece, é difícil raciocinar quando o assunto são os juros compostos e investidores de longo prazo.
Os juros compostos (algo lógico e sem fórmula mágica) possibilitam através de valores baixos, a construção de uma grande quantia no longo prazo.
Por ter certo desentendimento, muitas pessoas podem subestimar o crescimento exponencial? Com certeza!
Tanto que, através de rápidas conversas, é possível falar com muitas pessoas com o sonho de ganhar uma fortuna na loteria – ao contar só com a sorte, claro.
Nesse sentido, é muito mais complicado falar com pessoas que saibam e colocam em ação algum plano para o dinheiro render sempre mais.
Veja bem, embora a maioria de nós acredite ter uma noção razoável sobre esse assunto, parece que acontece justamente o inverso.
A verdade surpreendente é que não entendemos o que o dinheiro é e o que faz a nosso favor – e o que causa em nós.
O que você vai descobrir a seguir, é como o imediatismo provoca prejuízo e como a simplicidade e facilidade formam mais dinheiro com o tempo.
Como ter mais dinheiro a longo prazo? Confira 2 lições:
Para quem investe no longo prazo, pode dizer com convicção que os últimos anos não foram desperdiçados.
Assim como, embora pareça ou soe como algo abstrato, também pode dizer que o futuro não será desperdiçado.
Agora, porque o imediatismo é tão ruim assim?
Alguém com costumes financeiros imediatistas busca dinheiro agora, para gastá-lo agora e ainda torce para que o “agora” nunca acabe.
De tal forma, a “conta não vai fechar” e o imediatismo que gerava dinheiro rápido e gastos mais rápidos ainda, pode acabar.
Investir através da rentabilidade que usa o tempo em seu favor, é a solução viável para o problema do imediatismo.
Em outras palavras, a cultura imediatista é uma grande ameaça para quem aprecia ter mais grana. E não gosta de perder grana.
Os juros compostos (fiéis companheiros do investidor conservador) são a antítese da cultura imediatista.
Agora, em outras e poucas palavras, os juros compostos são juros aplicados sobre juros.
Eles são muito importantes para o mercado financeiro – e para a conta de quem investe.
Nessa lógica, com o tempo é criado um montante que você receberá de juros ao fazer um investimento com aportes mensais.
Podemos tirar duas lições daí.
1- Investidores conservadores dormem tranquilos
2- Planejamento de curto e médio prazos (faz parte do longo prazo)
Algo que ajuda, e que também é um fato, é saber que estamos inseridos no presente século das grandes distrações.
Por isso muitos acham difícil focar exclusivamente em uma ou poucas coisas – ou em investimentos de longo prazo.
Mas o segredo da multiplicação do dinheiro está justamente aí, nos juros compostos.
Daqui para a frente, vamos descobrir mais sobre as duas lições que foram destacadas antes (está imperdível)!
1- Investidores conservadores dormem tranquilos
Você já se perguntou alguma vez o que é exatamente o dinheiro? A resposta importa muito, até porque esse item sempre fez parte da história humana.
A mesma pergunta, sem sombra de dúvida, nunca passou na cabeça de algumas pessoas – veja que a inadimplência atinge 63 milhões de brasileiros.
Então se questionar assim já é um bom começo. E como outro bom ponto de partida para a resposta, mais simples possível, o dinheiro representa valor.
Agora, outra pergunta é necessária: por si mesmo, o dinheiro tem valor? Em resposta direta e reta, seria um belo “não”.
Mas no momento, tirando os países que sofrem com hiperinflação e afins, o dinheiro é a melhor forma de representar valor na sociedade.
Como um tipo de “mensageiro do valor” serve de instrumento na forma de moedas e notas (digitais ou físicos), para exprimir os preços das coisas.
Em palavras um pouco diferentes, o dinheiro torna fácil avaliar bens, serviços e investimentos, permitindo sua aquisição ou troca.
Diferente de nossos antepassados, não precisamos gastar um tempão para permutar, pilhar ou saquear para satisfazer as nossas necessidade básicas.
Em síntese, isso é o dinheiro. O mesmo pode ser bem aproveitado ou rapidamente eliminado, isso depende do valor que cada um atribui.
Uma das contas mais interessantes e recomendáveis, é somar ele com o tempo, e deixar a lógica entrar em ação.
Por essas e outras, é dito que investidores de longo prazo, ou conservadores, costumam dormir tranquilo.
Por que investidores de longo prazo dormem tranquilos?
Segundo Philip Fisher, o investimento conservador é o mais adequado para conservar o poder de compra num nível de risco mínimo.
Outro ponto, embora pareça óbvio, é que ser um investidor conservador significar estar nesse jogo por no mínimo 10 anos – período considerado para um investimento de longo prazo.
Em 10 anos, no geral, já quer dizer que uma consciência foi formada no aspecto de que o dinheiro aplicado não será requisitado tão cedo.
Assim, vai permanecer investido por alguns anos. Pois na lógica, quanto mais tempo você mantém o dinheiro investido, mais ele rende.
Nesse contexto, o investidor conservador (e que pretende dormir tranquilo) precisa de paciência, e não ter pressa nenhuma – o longo prazo comanda o jogo.
Estar disposto a deixar o próprio dinheiro investido por um longo tempo, na base dos juros compostos, traz outra vantagem para quem investe:
A proteção do patrimônio.
Além de acabar por elevar ainda mais o rendimento das aplicações, também é uma das melhores maneiras de conseguir proteger o patrimônio da inflação e outros afins econômicos.
Isso porque o rendimento de alguns ativos varia bastante ao longo dos anos, e investimentos de longo prazo estão ligados ao longo prazo.
2- Planejamento de curto e médio prazos (faz parte do longo prazo)
Antes de tudo, você sabe o que são os planejamentos a curto médio e longo prazo?
Dentro do mundo dos investidores conservadores que pretendem lucrar no longo prazo, os curtos e médios prazos não são irrelevantes.
A princípio, é bem simples.
As metas, planejamentos ou investimentos de curto prazo servem para objetivos mais simples ou urgentes, coisas para até um ano.
Na mesma linha, o funcionamento do médio prazo serve para objetivos de média complexidade, que serão realizados em torno de um e cinco anos.
O caminho do longo prazo aborda os objetivos complexos para realizar em mais de cinco anos – ou como recomendado antes, 10 anos.
Qual desses períodos são mais importantes?
Seja qual for o perfil investidor, os três períodos são importantes – como o longo prazo será construído se as bases do curto e médio prazo foram ignoradas?
Mas ao inverter a lógica também não fica errado. As metas, planejamentos ou investimentos de longo prazo são, segundo Gustavo Cerbasi:
“…basicamente, garantir as condições para que eu continue estabelecendo metas de curto e médio prazos até o fim de minha vida, mesmo que eu viva mais de 120 anos.”
O autor e especialista em Educação Financeira também recomenda que preferencialmente haja o estabelecimento de metas – seja qual for o prazo.
E para facilitar, segundo Cerbasi, as metas podem ficar registradas por escrito, e detalhadas o máximo possível.
Seguindo esses passos, fica mais fácil assumir um compromisso real consigo mesmo e fortificar mais ainda o plano de investimento.
