Por Trás do Sucesso da Nubank
Entenda o que tem por trás do sucesso da Nubank. A empresa brasileira de tecnologia financeira foi fundada em 2013 por David Vélez e seus amigos Eduardo Musa e Cristina Junqueira.
A empresa surgiu por meio do empreendedorismo e da necessidade de facilitar a vida das pessoas.
No início, eles ofereciam um cartão de débito pré-pago que poderia ser usado em qualquer lugar do mundo.
Mas à medida que sua base de clientes crescia, eles perceberam que as pessoas precisavam de mais ajuda para gerenciar suas finanças.
A Nubank permitiu que os usuários gerenciassem seu dinheiro sem ter que passar por um banco tradicional. Isso foi um enorme sucesso, e rapidamente cresceu em popularidade.
Assim, eles expandiram seus serviços para incluir ferramentas de orçamento, empréstimos pessoais e cartões de crédito.
Hoje, a Nubank tem cerca de 10 milhões de clientes e é uma das maiores instituições financeiras do Brasil.
Eles continuam a crescer a um ritmo impressionante, e sua missão é ajudar todos a alcançar seus objetivos financeiros.
A Origem do Sucesso da Nubank
Toda história disruptiva é acompanhada de algum insight ou insatisfação com algum problema para o qual não havia solução ainda. O colombiano David Vélez, um dos fundadores, compartilhou seu insight e insatisfação que o levou a empreender no complexo setor bancário brasileiro.
Em 2012, quando chegou ao país, ele levou quatro meses até conseguir abrir uma conta corrente em “um dos maiores bancos do Brasil”.
“Quando finalmente minha conta foi aberta, descobri que teria de pagar centenas de reais por ano em tarifas”, diz David Vélez.
De fato, o que David encarou no Brasil, deve ter sido desgastante o bastante para tomar uma atitude inovadora. Até porque quando se pensa em banco é fácil lembrar dos lucros enormes, da estrutura pesada e de uma maneira pouco flexível de fazer negócios.
O fundador da fintech que revolucionou o mercado brasileiro sentiu como essa realidade funciona no Brasil, mas decidiu não se conformar. No ano seguinte, o Nubank foi fundado, com a proposta de transformar em negócio a ideia de que muitos brasileiros sentiam que pagavam caro aos bancos tradicionais por serviços ruins.
Um Sonho Não Acontece Sozinho
Como bom empreendedor, além do problema, Vélez viu também uma gigantesca oportunidade de negócio – afinal, havia um grande impasse para ser resolvido.
Vélez juntando-se então a Edward Wible e Cristina Junqueira, acabam por formar uma aliança e fundar uma das principais startups do Brasil: Nubank.
Oficialmente, então, a empresa foi fundada em 2013 pela brasileira Cristina Junqueira, pelo colombiano David Vélez e o americano Edward Wible. Com um time enxuto e em uma casa alugada na cidade de São Paulo, eles formularam uma proposta simples e ao mesmo tempo ousada:
Ser a melhor experiência bancária possível para seus clientes.
Tal missão além de ser inédita, também está bem explícita na própria descrição da empresa:
“Você gosta de agência bancária? De fila? De esperar a sua senha? Se você gosta ¯\_(?)_/¯. Mas se cansou disso tudo, conheça o Nubank: digital e 100% grátis.”
O Começo do Sucesso da Nubank e a Conquista Do Mercado
Não foi à toa que oficialmente também, a primeira transação com um cartão da Nubank foi realizada no dia 1º de abril de 2014.
Apenas quatro anos depois, a fintech alcançou o mérito de ser classificada como uma startup unicórnio – assim são chamadas as empresas que têm uma valorização de US$ 1 bilhão.
Desde então, David, Cristina e Edward não pararam mais, sem voltar atrás criaram um dos maiores cases de negócios disruptivos da história do Brasil.
Alguns dos investidores do Nubank são Sequoia Capital, Founders Fund, Kaszek Ventures, Tiger Global Management, Goldman Sachs, QED Investors e DST Global.
Outra marca interessante foi que em seus dois primeiros anos de existência, a empresa arrecadou 600 milhões de reais.Já em 2014, lançou seu primeiro produto financeiro, um cartão de crédito MasterCard internacional sem taxas de anuidade e que pode ser completamente gerenciado por meio de um aplicativo móvel.
A Cultura da Nubank e o Propósito
A empresa é promissora no seu ramo de atuação e pode continuar a ser mesmo quando tiver muitos anos de existência, pois isso está em sua cultura.
Algumas pessoas podem duvidar, mas a startup Unicórnio mais famosa do Brasil chegou a milhares de clientes por causa de um motivo especial, o sucesso da Nubank está no seu propósito.
Chegaram milhões de interessados em ter seu cartão e a um valuation de bilhões de dólares por que seus fundadores foram capazes de, desde a fundação do negócio, construir uma cultura poderosa.
Como Funciona a Cultura da Nubank
Como consequência, a fintech bancária nos mostrou que as empresas com propósito podem ser extraordinárias – quando usam para o bem.
Segundo Daniel Coyle, autor do livro The Culture Code, existem 3 habilidades que constroem culturas sólidas e poderosas:
Construção de Segurança
Compartilhamento de Vulnerabilidades
Estabelecimento de um Propósito
É facilmente possível enxergar uma cultura forte em todas as esferas da startup.
Segundo o próprio Vélez, a cultura da empresa foi construída do zero, desde o começo da história do Nubank, e até hoje não foi esquecida, mas sempre fortalecida.
Fora que a diversidade é um ponto-chave que a startup faz questão de destacar – no térreo do escritório, há um mural branco com alfinetes coloridos e fitas que indicam o país natal dos colaboradores do Nubank.
Um Presente Para Concluir Sobre o Sucesso da Nubank
No podcast “Papo de Gestão” Vélez contou qual é um dos grandes motivos de ele valorizar tanto a cultura. Isso acontece porque antes de trabalhar na Nubank, ele esteve na Sequoia Capital, um grande fundo de venture capital que tem uma cultura muito forte.
Vélez notou que a história da empresa prova que uma cultura forte e uma disciplina focada em trazer a melhor experiência para os clientes são ótimos indicadores para o sucesso de qualquer empresa.
Lá, ele também percebeu que a Sequoia tinha uma grande diferença em relação a outros fundos: eles já estão na 3ª geração e só crescem. Como o sucesso da Nubank nos mostra, um negócio disruptivo pode ser aquele que simplesmente se pergunta: “Como posso tornar a experiência do meu cliente a mais simples, fácil e prazerosa possível?”.
Segundo David, isso é raríssimo no mundo de investimentos de risco e só foi possível graças a uma boa cultura empresarial. É exatamente por isso que David garante que a cultura é o grande pilar do crescimento do Nubank até aqui, e por mais que a empresa já esteja avaliada em 30 bilhões de dólares, ainda é o começo.
